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Depois de um Apoema



Vou te cercar por todos os lados
te aprisionar nos meus afagos
te incluir nos meu pecados
Vou te limpar com guardanapo
Pra manter a sutileza...

Te induzir nos meus caminhos
te eleger dentre os meus vinhos
te coagir nos meus desafinos
vou deixar mandar-me nos meus ninhos
Pra não perder a gentileza...

Vou desequilibrar o teu fogo
tentar apagar tudo de novo
fazer cara de bobo
vou ver você virar o jogo
Pra não perder a destreza...

Já tá bom! É hora de calar a boca
para um bom entendedor, palavras deram sopa.
É continuar a rima e a vida fica ôca
criando casca; vivendo de fora.
Te vendo sempre, te querendo agora
emanando sua luz mais perfeita do que qualquer aurora.
Cozinhando o teu corpo pra comer com canibaleza
Cartas na mesa! Já tá fácil, se quiser uma solução
No meu “eu” mais egoísta,
uma vez morando em seu coração
num vou comê-lo não...

Chedinho/ 2014/ Poesia

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