Há algum tempo venho refletindo sobre a realidade socioecológica do meu entorno. Enquanto enfrenta-se verdadeiros controles sociais em escala mundial, não fica difícil de terminar o funil até chegar na responsabilidade de cada um nesse bololô.
Não é mistério que as grandes nações só pensam no óbvio [poder e dinheiro (na ordem que preferir)] e suas ações são sempre degradadoras e predatórias (será que tem algo a ver com o instinto humano?). Num patamar de poder muito próximo estão as megacorporações e as empresas que fingem não poluir e fingem explorar com ética a natureza. No primeiro caso, vê-se a "Conferência do clima" que, pela primeira vez na história, os países participantes participantes entraram em um acordo comum para reduzir a emissão de gases vindos de combustíveis fósseis. Há vinte anos, no mínimo, que escuto essa necessidade e agora que eles vêm tratar disto com seriedade! Tenho medo desses "comuns acordos"... No segundo caso, um exemplo de lama podre e tóxica que mata rios e histórias e vidas... Daí vem uma incessante campanha para exterminar uma doença transmitida por mosquito que se reproduz em água limpa e parada. Parece até articulação midiática para botar um "pano quente" no maior desastre ecológico do país, mas devo estar paranoico né!? Com tanta coisa... Aí vêm as enchentes. Todo final e início de ano chove a mais no Brasil. Falando nisso, aumenta-se a quantidade de mosquito porque aumenta a quantidade de água limpa e parada.
Mas qual é a ligação disso tudo? Tenho singelas sugestões, pois não sou estudioso nem cientista da área. 1ª: falta de amor! Leia este motivo mais duas vezes com uma pausa para reflexão de dez segundos entre elas, depois continue o texto (se ainda quiser); 2ª: corrupção humana! Parece até redundância, mas devemos partir do próprio umbigo para considerar corrupção como prática de levar vantagem em detrimento do outro. Por causa desta corrupção interna, valoriza-se quem tem mais dinheiro, logo, mais poder esse alguém tem; acha-se certo quem tem dinheiro mandar; odeia-se quem não tem dinheiro. Por causa desta corrupção interna; grandes governantes esquecem da real responsabilidade que têm; grandes empresários esquecem do mundo em que vivem e da responsabilidade que têm; deixa-se de lado o planejamento urbano (pluvial e ecosustentável, por exemplo). Por causa desta corrupção interna, investe-se em controle social, não em educação.
Agora, cada um tem uma responsabilidade, de fato. Uma delas é o lixo. É sobre ele que pretendo compartilhar umas ideias nessa postagem. Só mais um lembrete: dá trabalho! Pense que alguma rotina vai mudar e que será um tempo dedicado contra o macrossistema da destruição. Ao final, dê um suspiro de satisfação e enche-se de vida! Se possível, ensine para as crianças. "Eu, você e o vós é tudo nós!".
- Leve as sacolinhas de plástico quando for fazer a compra do mês. É simples e fácil. Vai evitar trazer outras trinta. Em caso de compras menores, leve a sacola retornável, é muito mais prático.
- De 15 em 15 dias, dê uma geral nas suas coisas. Sempre aparecem itens que virariam lixo, mas você pode doar ou trocar por algo que lhe tenha utilidade.
- Não jogue o óleo de fritura na pia, muito menos no lixo. Se não piora a situação do esgoto, ou pior, gera um lixo molhado que contamina a água limpinha que tá debaixo da terra. Ao invés disso, coloque em garrafas pet e tenha duas opções: aprenda a fazer sabão (é fácil) ou doe para alguém que saiba fazer ou para os supermercados.
- Reutilize a água da máquina de lavar. Pode ser lavando o chão, outras roupas ou até molhando as plantas, é bom que afasta alguns pulgões.
- Se você compra muito de uma coisa, prefira o pacotão a vários pacotinhos.
- Use a mesma garrafinha de água várias, lavando-a, é claro.
- Plante uma árvore de médio porte na calçada de sua casa. Consulte um paisagista ou arquiteto. Tem que tomar cuidado com a fiação e com o muro. Os benefícios são: ar mais puro, menos calor, sombra, quiçá frutos, estética. Tem umas regrinhas, mas é de boa.
- Separe o lixo orgânico, com exceção do resto de comida, e aprenda a fazer uma compostagem. (Não é tão fácil, mas a árvore da calçada vai adorar).
- Separe os lixos e ganhe dinheiro com eles. Prefiro sacos grandes tipo de farinha, devem custar uns $0,50 no máximo. Existem muitos lugares que compram papéis, papelões, pet's, plástico, latas... Se você está pensando que não compensa pelo valor (pois pela ação vale muito) se ligue na próxima dica.
- "Apadrinhe" um catador de recicláveis! Se não houver uma cooperativa de catadores por perto, certamente você conhece alguém que faz esse tipo de serviço. Não o subestime! "Os catadores de recicláveis fazem mais do que os grandes líderes mundiais". É simples! Combine com ele ou ela para passar na sua casa em um dia certo da semana, de preferência, antes do dia da coleta convencional. Dá até pra combinar com a vizinhança.
Precisamos ser mais educados e nos ajudar. Na dúvida, peça ajuda. Isso se chama iniciativa popular.